quarta-feira, 11 de junho de 2008

As Sondagens


Outro aspecto retratado, neste episódio, em “Os Homens do Presidente”, são as sondagens.

Para Patrick Champagne, as sondagens estão "na base das decisões políticas e de tomadas de posições públicas dos agentes políticos estes são instrumentos que se assumem como verdadeiros auxiliares da governação e da gestão partidária"[do jogo político, Nos bastidores, assessores, o poder dos; Gonçalves, Vítor; Comunicação, Colecção; pág. 89].

Uma sondagem diz que grande parte dos americanos não vai votar no presidente Bartlet porque este tem esclerose múltipla e omitiu sobre o estado da sua saúde.

As sondagens são um instrumento de gestão e preparação na medida em que permitem “saber o pensamento dos leitores sobre determinadas decisões antes delas serem apresentadas ao público como factos consumados” [do jogo político, Nos bastidores, assessores, o poder dos; Gonçalves, Vítor; Comunicação, Colecção; pág. 89].

Quando os resultados, das sondagens, são positivos, por norma, os seus protagonistas revelam alguma confiança para com esses dados. Mas, se os resultados forem o oposto ou quando mostrem alguma situação que possa colocar em causa, neste caso, o poder político, regra geral, os protagonistas não comentam e tentam alterar a situação.
Foi o que aconteceu no episódio nº21, da 2ª temporada, em que o estado de saúde do presidente, dos EUA, é de interesse público pois pode condicionar a sua actividade política.

As sondagens pressupõem mudança de mentalidades.

As sondagens são a única forma de consultar, antes das eleições, o próprio público, a sociedade. Uma boa sondagem depende da construção do questionário, da constituição da amostra e do rigor e honestidade da interpretação dos resultados.

Existem três formas de realizar sondagens: por telefone, as presenciais e o focus group (utilizadas no filme Boris).


CJ, no 17º episódio, diz que a sondagem está óptima e que esta tem de ser iniciada para terem tempo de fazerem tudo.
Mas, CJ diz que as sondagens vão ser efectuadas por telefone e este tipo, de sondagens, são as mais baratas mas, também, as mais erróneas.
É feita uma previsão para as sondagens e dois funcionários dizem que mantêm a aprovação para 42%, Josh diz que se vão manter, Leo informa que o presidente acha que se vão manter e CJ é a única que diz que “vamos subir por cinco pontos”.
Após três horas do inicio das sondagens o presidente quer saber como estão a correr, bem como, os resultados apontados. Leo informa-o de todas as previsões excepto a previsão de CJ. Esta atitude pode ser vista como uma omissão para não criar falsas expectativas.
Às treze horas de sondagem, na noite de 3ª feira, CJ fala com Leo e questiona-o em relação a este não ter fornecido a sua previsão ao presidente. Na última noite, de sondagens, é anunciado perante toda o grupo que trabalho no estudo o resultado. Os resultados foram anunciados por CJ que revela que se enganou, pois, não venceram por cinco pontos como esta havia prevido mas sim por nove pontos.

As sondagens, também, encontram-se patentes no episódio nº 6, da sétima temporada. Donna Moss chama a atenção de um aspecto muito importante nesta área. O vocabulário utilizado neste tipo de estudos. A forma como fazemos uma sondagem pode condicionar, ou não, a resposta dada pelos destinatários.

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