quarta-feira, 11 de junho de 2008

Crise que leva a que haja manipulação


O episódio nº 17, da terceira temporada, é marcado por uma crise que leva a que haja manipulação.
Uma colisão frontal de dois camiões, numa zona deserta, de urânio empobrecido leva a que a Casa Branca, quando informada, fale com a Segurança Nacional por ter razões para acreditar de que se trata de um atentado, uma vez que era muito improvável que dois camiões chocassem em pleno deserto. Um dos camiões foi roubado há duas semanas. Os camiões ardem dentro de um túnel e há o perigo de haver radiação. O Presidente pergunta a Leo se é uma boa estratégia pedir um resgate e Leo diz que sim e o Presidente decide que “vamos ser honestos”. Leo informa Josh de que a cidade de Iowa vai ser evacuada por causa do perigo de radiação.
“acontecimentos que podem construir uma notícia negativa para uma empresa e em relação aos quais existe sempre a tendência para a ocultação” [de Imprensa nas Relações Públicas, A Assessoria; Lampreia, J. Martins; 2ª ed.; Saber; Colecção; pág.94].

Outro tema tratado foi a tentativa de eliminação do Fundo Tecnológico.

Josh quer que Sam refaça a lei com o Vice-Presidente e Tobby diz que “amanhã não é bom. Temos meia dúzia de eventos” e “tentamos ser notícia em cinco outras prioridades”.




Ao ver a agenda, para o dia seguinte, descobre que ia haver um briefing técnico relacionado com a HUD e altera-o. Esta foi uma ao opção porque, como defendem os manuais, “ter-se-á também o cuidado, sempre que se puder, de que a data escolhida não coincida com algum acontecimento relevante de interesse local, nacional ou internacional, o que irá ocupar normalmente muito espaço do jornal e mobilizar muitos repórteres para a sua cobertura e relegará para segundo plano o interesse da conferencia de imprensa” [de Imprensa nas Relações Públicas, A Assessoria; Lampreia, J. Martins; 2ª ed.; Saber; Colecção; pág.120].



A lei, que vai ser alvo de análise, é referente á educação, por Sam e pelo Vice-Presidente, deve-se ao facto de estarem num ano de eleições e de esta lei não ser muito bem aceite por ter o nome do, actual, Vice-Presidente. Querem retirar o nome do Vice-Presidente, da lei, para que esta possa ser aprovada e este acaba por concordar com a retirada do seu nome para o bem do partido.

Outra crise instala-se, na Casa Branca, relacionada com o Vice-Presidente. Este é um ex-alcóolico, em recuperação, e vai ter com Leo, também, um ex-alcóolico, para que este o aconselhe pois o Presidente Bartlet não sabe da sua situação. O Vice-Presidente diz que tem “uma responsabilidade para com o Presidente e para com o país”. Juntos decidem ir ter com o presidente para contar que o Vice-Presidente é um ex-alcóolico em recuperação. Esta atitude é a mais correcta porque perante uma crise o conveniente é falar a verdade e esta deve de existir primeiramente dentro da organização para que toda a equipa possa, unida, solucionar o problema com eficácia. O Presidente disse ao Vice-Presidente que este não os pode abandonar não por ser um ex-alcóolico, em recuperação, mas porque este, Bartlet, se encontra doente e dá-lhe um bilhete a dizer que “porque eu posso morrer”.
O Vice-Presidente reúne-se com o gabinete de imprensa e comunica o sucedido. Josh diz que se o público sabe de que o segundo homem mais poderoso do mundo é um alcóolico, a recuperar, a honestidade deste e, sobretudo, da Casa Branca e do Partido podem ser questionadas.
Na manhã seguinte, o Vice-Presidente abandona o cargo deixando todos, os restantes, para trás. A atitude do Vice-Presidente não foi a mais correcta. Este tinha quase todas as pessoas a apoiá-lo, perante uma crise, e não enfrentou o problema deixando, assim, o seu partido à mercê dos mass média e, consequentemente, da opinião pública.


O episódio nº 3, da quarta temporada, Universitários, retrata mais uma crise, na Casa Branca, e como não se deve reagir perante a mesma.
Leo diz que pensa que nas próximas 48 horas a equipa de socorro qumariana vai anunciar que recuperou um pára-quedas militar israelita e diz para suporem, gabinete de imprensa, que o sultão vai a Al-Jazira e anuncia que o avião de Shareef, não caiu por acaso, que foi abatido pelos israelitas e pergunta que opções tem. Segundo o mesmo as opções passam por: “não agir”, “alegar o jogo de Qumar e exigir a apresentação de provas”. Este pensamento não poderia ser mais errado dado que, numa crise, o mais correcto seria enfrentar a situação. Mas, um dos generais (re) lembra, a Leo, que não é uma boa opção e sugere que deviam defender Israel.
Entretanto, Leo encontra-se com uma advogada, na sala de crises, da Casa Branca, e diz-lhe que Qumar está a investigar porque acha que foi tudo planeado e diz que “sabemos que estão a tentar culpar Israel. Estão a reunir provas falsas” e confessa que qualquer prova de assassinatos é forjada porque “destruímos todas as provas”. Leo informa o Presidente de que vão avançar com “uma campanha de contra-informação”, ou seja, desinformação. A informação será manipulada. “Langley inventa documentos, fotografias, mensagens aúdio até mesmo um duplo se necessário” disse um oficial ao Presidente, adiantando-o de que o objectivo é que os agentes no Irão, Síria e Iraque ouçam uma parte da história e que esta se propague para dentro do palácio. O Presidente revela-se preocupado com a imprensa americana porque quer que a mensagem surta o efeito desejado.
Enquanto isso, Leo e o Presidente falam com a advogada e expõe o que pensam fazer. Esta opõem-se relembrando, a ambos, que nunca teve um cliente que estivesse disposto a cometer um crime mas que nunca esperava ir a julgamento. Bartelt defende-se argumentando que “o Sharref assassinou soldados e civis americanos. Ele tentou explodir a Ponte Golden Gate”. A advogada explica que não consegue, e não pode, fazer justiça se actuar em segredo e tal como disse a Leo, no início, quando se encontraram, de que não tinha sido “feita para reuniões de segurança, secretismo e política de bastidores”.



A política de bastidores (exemplo) está associada a lago, altamente, negativo. Algumas situações de manobras de bastidores são, por exemplo, no episódio nº3, da quarta temporada, a morte de quarenta e quatro pessoas, na sua maioria universitários, e o facto de o Presidente ir a caminho, de Iowa, para discursar sobre educação. Mas, o Presidente fala sobre o acidente. No entanto, apela ao povo americano para, juntos, fazerem algo mais pela educação, do país, e combater a violência nas escolas americanas. A multidão parece entusiasmada. Josh e Tobby são os responsáveis, neste caso, pela criação de factos políticos, tentam tornar o ensino mais barato considerando que as propinas deviam de ser cem por cento deduzíveis nos impostos.
CJ fala com o presidente por causa das pessoas que morreram e diz para deixarem a imprensa de fora dizendo que este é um assunto que deve ser resolvido entre estudantes e famílias. Esta opinião, de CJ, se fosse levada em atenção, pelo Presidente, poderia colocar o resto da estratégia em causa.



Bartlet disse aos americanos que necessitavam de fazer alguma coisa para tentar travar a violência escolar. Se o presidente retrocedesse este poderia perder credibilidade e notoriedade junto da opinião pública.



Toby e Leo têm uma reunião, num bar, sobre a proposta da educação e do IRS. Enquanto isso, CJ aparece em palco e discursa para uma multidão estudantil.



Uma particularidade: enquanto que no dia-a-dia, CJ, aparece nos briefings e utiliza um discurso e linguagem mais séria, mais formal aqui, acontece o oposto. Esta utiliza um vocabulário mais informal e próximo da juventude americana onde o guarda-roupa utilizado, também, é mais próximo do utilizado pelos adolescentes numa tentativa que estes se identifiquem e possam, segundo os estrategas, ir de encontro ao objectivo traçado, neste caso, pelo gabinete de imprensa.

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